Referendo Co-adopção

É com grande tristeza que assisto à forma como os políticos portugueses tratam os cidadãos. Há muito, que em Portugal, assistimos a uma fobia inexplicável pela democracia directa.
Relativamente à crise que este referendo provocou internamente na bancada parlamentar do PSD, esta é tanto mais estranha, porque a decisão de convocar um referendo não é uma questão de consciência, mas antes uma questão política. Afinal uma decisão tomada pelo povo, só pode sair valorizada e ainda mais legitimada.
Repugna-me e enoja-me ouvir declarações como as de Paulo Rangel na TVI24 argumentando a sua posição contra o referendo como: "Não deve ser a turba popular que vai agora decidir quem adopta e não adopta."

O fim do Euro?

Netes post lançámos o debate sobre até que ponto Portugal devia permanecer no Euro. Os resultados indicam que 64% dos leitores pensam que Portugal deveria retomar a uma moeda nacional. Apenas 14% defende que Portugal não deve abandonar a moeda única.
Embora esta votação tenha um valor residual, para mim, é mais do que evidente que este não deve ser um assunto tabu.
Os portugueses merecem finalmente dizer o que acham do projecto europeu. Devem poder reflectir sobre as promessas de convergência nominal que lhe foram feitas e sem os complexos de que quem não é a favor da europa é fascista, comunista ou demagogo. Estúpidos não são os que não vêem as vantagens dos fundos comunitários, mas antes aqueles que  não vêm o fim, mesmo quando ele está a frente de todos. Ou esta união muda, ou mais vale desunir-mo-nos...